sábado, 2 de julho de 2011

Analisando a Canção do Exílio

 Semântico.  O poema e constituído de rimas e repetição
O poema é constituído de rimas e repetições da palavras. No estudo semântico das palavras os parônimos são palavras  parecidas na escrita e na pronuncia, mas com sentido diferente.  Na canção do Exílio com a sua parodia fica bem clara o uso de parônimos e é colocado de madeira a criar uma sátira. As palavras grifadas têm a pronuncia  parecida: fazendo que sejam parônimas da canção do  Exílio.

A forma poética da “Canção do Exílio” (AMARAL: 119) é nacionalista romântica, demonstrando um  forte sentimento de saudade da pátria amada em  comparação a sua atual localização, que dava - se em Portugal.
Observa-se as características românticas desta  poesia  da seguinte forma: valorização do sonho e da morte;Ele sonha com os céus estrelados da sua pátria e seu retorno antes da sua morte ;da natureza no canto dos pássaros ,nas florestas e vales cheios de vida ,no subjetivismo com a falta de certeza, se o sabiá realmente canta nas palmeiras de sua terra natal ,no individualismo e no tempo com saudosismo que a poesia por si só deixa bem claro e evidente ;ora é o sentimento principal da canção. O poema foi escrito enquanto Golçaves Dias estava em Portugal cursando Direito.
O poema pertence ao gênero Lírico, que não conta uma história e sim exprime um estado de ânimo de um “eu”, o “eu” lírico.Os elementos de cenário servem como metáforas desse estado de espírito e tem papel muito mais importanbte do que cenários onde se desenrola uma história.
O poema começa com o uso de uma epígrafe, prática comum no romantismo, que possui função semelhante à clave musical, servindo para sugerir o tom da interpretação do poema.

O tema é a saudade da pátria e a valorização da  fauna e a flora Brasileira que em versos redondilhos maiores, são relatados, descrevendo as palmeiras, o canto dos pássaros que só cantam  lindamente no Brasil em nenhum outro lugar segundo Gonçalves Dias.


O poema, por conta de sua contenção e de sua alusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou-se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua freqüente aparição nas antologias escolares, bem como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros. Sua temática é própria da primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo. Gonçalves Dias compôs o poema cinco anos depois de partir para Portugal,
O poema “Canção do exílio”, foi escrito pelo poeta brasileiro Gonçalves Dias em 1843, na cidade de Coimbra, e é o primeiros poema do livro “Primeiros Cantos”. Trata-se da obra prima desse poeta brasileiro, pertencente à primeira geração romântica, como um dos mais famosos poemas da língua portuguesa no  Brasil.O segundo poema é o “Canto de regresso à pátria”, escrito pelo poeta, ensaísta e dramartugo brasileiro Oswald de Andrade. Ele foi um expoente e promotor da Semana de Arte Moderna de 1922, na cidade de São Paulo, e pertenceu à primeira geração modernista. Oswald de Andrade foi considerado, já em sua época, o mais rebelde de seu grupo.

Na análise do poema Gonçalino, verifica-se que todos os versos estão metrificados na classificação de sete sílabas poéticas – ou seja, redondilha maior – o verso de sete sílabas é o mais simples, do ponto de vista da metrificação. É talvez por isso que ele seja tão comum nas cantigas de roda e canções populares, uma vez que é muito fácil de se cantar.Este é o caso de “Canção do exílio”, uma cantiga que se destina a contemplar e exaltar a natureza, características da primeira geração romântica. O poeta estava estudando em Portugal, na época em que escreveu esse poema, refletindo sentimentos de saudade e patriotismo.Observa-se, dessa forma, como o poeta procura representar a majestade de sua pátria através das figuras da palmeira e do sabiá. A primeira, pela imponência que essa árvore possui (alta e de tronco grosso) – os índios chamavam o Brasil de Pindorama, que significava lugar das palmeiras. A outra figura utilizada é a do sabiá, que apesar de possuir um canto relativamente triste – que, inclusive, pode revelar a tristeza do poeta maranhense, em virtude de sua saudade – é caracterizado pela beleza de suas penas com tons amarelos  e a graciosidade do seu gorgeio.O uso das palavras “lá” – Brasil – e “cá” – Portugal – revelam saudosismo pelo afastamento geográfico do poeta em relação à sua pátria. Esse afastamento acaba resultando no isolamento físico e psicológico, revelado pelo uso da palavra “sozinho”, reforçado pela utilização do sinal dos travessões (-sozinho, à noite-).Com relação ao “Canto de regresso à pátria”, verifica-se que esse poema está dialogando com o poema de Gonçalves Dias.
Entretanto, como se verificou acima, o diálogo pode ser contratual ou polêmico. Como será visto adiante, o poema de Oswald de Andrade está construindo um sentido oposto ao romântico, porque ele não está celebrando ufanisticamente a nação, muito pelo contrário,ironizando-a.Sabe-se que os modernistas da terceira geração eram conhecidos pelo anarquismo e lutavam contra o tradicionalismo; usavam de paródia, de humor, de verso livre, isto é, sem uso da métrica. Rejeitavam, ainda, as normas estéticas consagradas,caracterizavam-se pela antigacademicismo e antitradicionalismo.Quando se lê o poema do autor do Manifesto Antropofágico, aparentemente ele segue a tradição fazendo versos nos mesmos padrões dos poetas românticos – o que poderia estar em contradição com seu estilo, pois no tempo de Oswald os versos eram feitos na ‘forma livre’. Contudo,o poeta modernista usa esse padrão com a finalidade de chamar a atenção ao seu poema, pois ao mesmo tempo em que contrói um poema nos moldes da tradição (quanto à forma) ele ironiza o seu conteúdo.Este ensaio tenta provar que a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, ao privilegiara natureza tropical como metáfora da representação nacional, além de se inserir no
tradicional projeto de edenização da natureza local, por si só acabou construindo uma tradição própria dentro das letras brasileiras.O salto para o amadurecimento impunha o enfrentamento do ridículo, mesmo na sua versão trágica.De nenhuma obra de Oswald (poesia, teatro ou ficção narrativa) se faz ausente o condimento estético dessa mistura. Disso provém sua singularidade. O riso, a ironia, a paródia se tornam recursos que se juntam ao aprofundamento da dor em sua dimensão individual ou coletiva. Em síntese, o riso, na obra de Oswald, traduz o instrumento de defesa contra a amargura trágica de um ser "desidentificado", traço constitutivo da brasilidade. É por esse atalho que segue a escrita de Oswald de Andrade. A ironia cáustica de História Pátria ("Lá vai uma barquinha carregada de aventureiros / Lá vai uma barquinha carregada de bacharéis /.../") e a paródia Canto de Regresso à Pátria ("Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá /.../") são exemplos típicos. De maneira contundente, os escritores modernistas, ao retomarem a temática da identidade nacional, se empenharam em tentar fugir da armadilha, construída pelo imaginário romântico, em torno do binômio identidade / natureza. Sobre isso, Antonio Candido é bastante enfático e esclarecedor:
"À idéia de pátria se vinculava estreitamente a de natureza e em parte extraía dela a sua justificativa. Ambas conduziam a uma literatura que compensava o atraso material e a debilidade das instituições por meio da supervalorização dos aspectos regionais, fazendo do exotismo razão de otimismo social."

Autores: Andressa Dias Geraldo, Nayara Alves Negrão e Thaís de Lima Kuceki.

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